
Nossa instituição se diz ser uma escola de aperfeiçoamento moral e social, trabalhando através de atividades culturais, educacionais, filosóficas, cívicas e filantrópicas.
Tudo isso alicerçado na crença em um ente superior, a quem denominamos Grande Arquiteto do Universo.
Isto estaria muito mais que perfeito se não fossemos compostos de homens normais, e, portanto, falíveis. Também sujeitos a eventuais outras falhas e vícios, que estamos permanentemente tentando dissipar, primeiro dentro de nós mesmos e depois da sociedade, tanto quanto possível.
Dentre muitos aspectos a serem trabalhados – mas não únicos – está o excesso de sinceridade (ao menos uma sinceridade imaginada dentro de nossas mentes). Ao encontramos aquele cidadão “sincerão” que alardeia: falo mesmo, comigo é curto e grosso…!
Será que estamos sendo sinceros ou julgando com base em informações parciais. Estamos sendo curtos e grossos ou apenas chafurdando na grosseria profana.
Mais que qualquer outro, nós maçons precisamos estar sempre atentos com as informações que recebemos, para que não venhamos a cometer atos falhos com nossos, sejam de nossas Lojas ou de outras Lojas ou Potências co-irmãs.
Quantas vezes observamos alguns de nossos pares disseminando informações que, além de criar um clima pesado entre Irmãos, dividem todo o nosso grupo, pois acabam sendo criados alas egoístas, provoca a desarmonia e até provocando o fechamento de Lojas.
Estamos sendo SOLIDÁRIOS, nos identificando com o sofrimento do outro e, principalmente, de se dispondo a ajudar, a solucionar ou a amenizar um problema?
Nossas palavras são ÉTICAS no sentido de cumprir o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral que nos são apresentados em TODOS os rituais maçônicos e em todas as nossas cerimônia e juramentos?

Uma alegoria conta que, na Grécia Antiga, alguém veio encontrar o grande filósofo Sócrates e disse-lhe:
– Sabe o que acabei de ouvir sobre nosso irmão?
– Um momento, respondeu Sócrates. Antes que você me diga, gostaria de testar as três peneiras.
– Três peneiras?
– Sim, continuou Sócrates. Antes de contar qualquer coisa sobre os outros, é bom reservar um tempo para filtrar o que você quer dizer. Eu chamo isso de teste das três peneiras.
– A primeira peneira é a VERDADE. Já verificou se o que vai me contar é verdade?
– Não, acabei de ouvir.
– Muito bem! Então, você não sabe se é VERDADE
– Continuamos com a segunda peneira, a da GENTILEZA. O que você quer me dizer sobre meu irmão, é bom?
– Oh não! Pelo contrário.
– Então, questionou Sócrates, você quer me contar coisas ruins sobre ele e nem tem certeza se são verdade?
– Talvez você ainda consiga passar no teste da terceira peneira, a da UTILIDADE. É útil que eu saiba o que você vai me dizer sobre esse irmão?
– Não mesmo.
– Então, concluiu Sócrates, o que você ia me contar não é verdade, nem bom, nem útil. Por que, então, você quis me dizer isso?
Nossa luta, como maçons, sempre foi e sempre será a tentativa de sermos melhores. Não melhores que outros, mas melhores do que o que nós mesmos fomos ontem.
“Um mexerico, fofoca, boato ou qualquer outro nome que possamos pretender usar é uma coisa ruim. No princípio pode parecer agradável e divertido, ou mesmo justo, mas no final enche nossos corações de amargura e nos envenena também!”
E isso não vale apenas para nossas reuniões em Lojas, deve pavimentar todos os nossos passos na vida, seja no trabalho, seja em casa.
Que tipo de exemplo estamos sendo na vida. Lembrem-se que a educação se transmite pelos olhos.
Estamos sendo SOLIDÁRIOS uns com os outros? Os ensinamentos maçônicos estão fortalecendo nosso sentimento de ÉTICA? Estamos trabalhando para a CONVIVÊNCIA em um mundo de respeito, amor e fraternidade?
Simplesmente porque sem isso não teremos nunca LIBERDADE e muito menos FRATERNIDADE.

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